O prefeito Rafael Greca reagiu às críticas de vários setores – incluindo de políticos de oposição – que afirmam ser ele um dos responsáveis pelo aperto decretado na terça-feira (30) pelo governador Ratinho Jr., que incluiu Curitiba entre as cidades que, por terem afrouxado as regras de contenção do coronavírus, vêm-se agora sujeitas a um semi lockdown, obrigando comércio e serviços a paralisarem atividades por pelo menos durante os próximos 14 dias.
Em vídeo que postou em suas redes, foi taxativo para rejeitar as informações que dão conta da escassez ou inexistência de medicamentos como anestésicos e ralaxantes musculares para pacientes internados na rede pública da cidade: “Eu, prefeito de Curitiba, Rafael Greca, lhes asseguro que isto não falta”.
Segundo ele, “há murmurações” de seus opositores de que “o povo precisa ficar com medo. Não tem cabimento. Nós temos leitos de UTI livres e medicamentos”. Mas fez um alerta aos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, para que usem estes recursos com parcimônia, porque o abastecimento regular não é seguro.
Um desses opositores se manifestou imediatamente após ver o vídeo gravado pelo prefeito. O deputado Ney Leprevost, por exemplo, virtual adversário de Greca nas próximas eleições, também recorreu às redes sociais para afirmar:
Lave a boca antes de tentar jogar o povo de Curitiba contra o governo do estado. O governador Ratinho Junior só teve que decretar medidas extremamente rigorosas de contenção a pandemia porque o senhor não cumpriu o seu dever de prefeito. Foi o senhor, para agradar seus amigos, que deixou os ônibus lotados, não o governador. Foi o senhor que, em mais de 100 dias que teve de fôlego, não preparou os leitos de UTI. Mesmo tendo recebido dinheiro do governo do estado para isto.
Esta estratégia sanfona do Greca, de abre-fecha-abre-fecha, indecisa, já está quebrando muitas empresas de Curitiba. Tivesse adotado uma quarentena séria, por 2 semanas, já estaríamos voltando ao normal!