O prefeito Rafael Greca informa que está estudando lei para evitar o abandono de imóveis urbanos e que acabam virando mocós habitados por viciados e traficantes que cometem muitos “desaforos à lei de Deus”. A ideia surgiu depois que uma blitz da Guarda Municipal “estourou um antro de tráfico, inclusive com menores” numa casa abandonada na rua Mateus Leme, 3510.
Via Facebook, o prefeito avisa que vai notificar o proprietário para que tome providências, ao mesmo tempo em que pede à população para que, sempre que verificar casos parecidos, comunique a prefeitura ou ligue para o 156, “que agora funciona efetivamente”.
O Contraponto dá sua colaboração: as instalações da antiga fábrica da Brahma, no bairro Rebouças, se transformaram em mocó e lá acontece o que o prefeito, lembrando a advertência do Ouvidor Pardinho que, em 1721, dizia que em lugares abandonados “se fazem às leis de Deus e do Rei os maiores desaforos”.
A antiga fábrica da avenida Getúlio Vargas foi abandonada pela Ambev, que construiu uma nova unidade em Ponta Grossa. A velha foi “doada” por R$ 104 milhões ao governo do estado, que lá pretende fazer funcionar um centro cultural. Só que a cervejaria ainda não concluiu todos os procedimentos legais para a transferência do imóvel e formalizar a doação sua contrapartida para gozar dos benefícios fiscais do Programa Paraná Competitivo.
Agora, “sem dono” e sem guardas, o quarteirão e as gigantes instalações da antiga fábrica servem de mocó para a prática de toda sorte de “desaforos”.