No fim da tarde desta terça-feira o prefeito Rafael Greca espera deixar o gabinete do governador Ratinho Jr. com a notícia de que o desequilibrado sistema de transporte coletivo de Curitiba continuará nos próximos anos com os mesmos problemas que passou a ter a partir de 2010 quando, por obra dos ex-prefeitos Beto Richa e Luciano Ducci, foi feita a licitação para conceder o serviço às mesmas empresas que já o exploravam há meio século.
Greca foi pedir a Ratinho que continue imitando os ex-governadores Beto Richa e Cida Borghetti – isto é, tirando dinheiro do cofre estadual para pagar o prejuízo do sistema. O introdutor do subsídio foi Beto, em 2011, quando assumiu o governo do estado e liberou recursos para evitar que Luciano Ducci tivesse de subir muito o preço da passagem e, assim, ganhar a reeleição para a prefeitura em 2012.
Não deu certo. Ducci ficou em terceiro lugar e o vencedor – derrotando o também candidato a prefeito Ratinho Jr. – foi Gustavo Fruet. Como o novo prefeito era de oposição, a fonte imediatamente secou. A partir de 2013, não houve mais subsídio estadual e a realidade obrigou ao corte de custos e à desintegração financeira do transporte metropolitano. A tentativa de renegociação judicial dos contratos com as empresas visando a reduzir dispêndios também gorou.
Na campanha de 2016, o candidato Rafael Greca fez da melhoria do transporte coletivo uma de suas principais bandeiras, mas, eleito, já no segundo mês de gestão em 2017 subiu a passagem de R$ 3,70 para R$ 4,25, numa só pancada, com a promessa de que, com esta tarifa ajustada no nível suficiente para promover o equilíbrio, as coisas estariam resolvidas.
Não estavam. Em 2018, Greca se viu obrigado a pedir socorro à governadora Cida Borghetti e conseguiu tirar R$ 71 milhões dos cofres estaduais. Em 2019, o prefeito faz o mesmo caminho de 200 metros entre a prefeitura e o Palácio Iguaçu para repetir o pedido: quer de Ratinho a manutenção do subsídio. Caso contrário terá de aumento a tarifa para algo parecido com R$ 5,00.
Tudo igual no quartel de Abrantes.
E só parar de insentivar estes aplicativos de passageiros que os donos estão enchendo os cofres e destruindo todo o sistema de transporte público e não estão nem aí com as regras,e não deixar do jeito que está parecendo a casa da mãe Joana.
Subsídio ao lucro?
Lucro subsidiado?
O que o coitado do morador de Sengés tem a ver com no fausto da família Golin e de Greca?
E a tarifa da Sanepar? Por que o morador de Curitiba paga uma tarifa que subsidia Sengés (usando o seu exemplo)?