A Procuradoria Geral do Município está reunida neste momento para buscar argumentos jurídicos para derrubar a liminar concedida ontem pela Justiça do Trabalho proibindo a prefeitura de contratar Organização Social ou qualquer entidade terceirizada para substituir os atuais médicos do município nas UPAs ou nos postos de saúde.
Em luta aberta contra os médicos que reivindicam reajuste salarial, o prefeito Rafael Greca tem pressa em recorrer contra a decisão. A prefeitura se recusa a negociar com o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) e prefere, conforme reconheceu a liminar concedida pela desembargadora Marlene Suguimatsu, culpar os médicos pelas deficiências no sistema de saúde municipal para constrangê-los.
A Justiça entendeu que a atitude é ilegal e vem de encontro ao direito de greve dos médicos, prejudicando estes profissionais. Por isso proibiu a contratação de Organizações Sociais (ou outras entidades, seja qual for a natureza), objetivo do Prefeito Rafael Greca com a aprovação da lei da terceirização da saúde e da educação, semana passada, na Câmara de Vereadores.