O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazzuelo, afirmou nesta quinta-feira (23), em entrevista coletiva em Curitiba, que, se for o caso, o governo federal fará uma entrega emergencial de medicamentos para o combate ao coronavírus nas UTI’s do Paraná com a ajuda do Exército. Ele ressaltou que o ministério está centralizando uma licitação internacional para insumos de combate à pandemia. “Em poucas horas ou em um dia vamos pegar um estoque de emergência pra não deixar faltar”, disse.
Eduardo Pazuello se referia ao alerta feito pela Secretaria da Saúde do Paraná sobre a falta de medicamentos para manter os pacientes de covid-19 sedados nas UTI’s.
Conforme disse o ministro interino, essa ação de entrega emergencial de medicamentos também será feita e provavelmente necessária em outros Estados brasileiros. “Não temos hoje um estoque de emergência capaz de colocar 30 dias em cada lugar”, destacou.
O anúncio do ministro da Saúde foi feito depois de uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira no Palácio Iguaçu, que também reuniu o governador Ratinho Junior (PSD), o prefeito Rafael Greca (DEM), e os secretários estadual e municipal de Saúde, Beto Preto, e Márcia Huçulak.
Segundo o governo do Paraná, durante a reunião foram solicitados ao governo federal a renovação de 438 leitos de UTI adulto, 85 para UTI pediátrica e a habilitação de 303 novos leitos de UTI adulto. Conforme o governo estadual, o pedido foi atendido por Eduardo Pazuello.
A administração estadual também fez o pedido de anestésicos, 150 ventiladores mecânicos e 150 monitores para serem utilizados nas unidades de terapia intensiva. Sobre isso, o ministro afirmou que vai chegar, mas não apresentou nenhum prazo.
Hoje cedo o site Outra Saúde em sua newsletter descreve ponto a ponto a negligência do ministério que dormiu no ponto e não iniciou a compra dos tais medicamentos para intubação mesmo tendo sido alertado em MAIO (!!!). Isto mostra cabalmente que a fala do ministro ontem foi pura fanfarronice. Jogou para os holofotes. Segue o link https://mariolobato.blogspot.com/2020/07/gravissimo-negligencia-do-ministerio-da.html
O general-paraquedista-intendente e eternamente interino está sendo fiel sua formação: literalmente “caiu de paraquedas” no meio de uma confusão em um campo de batalha que ele desconhece. Não tem a menor necessidade de o exército “entregar” medicamentos. O Paraná tem infraestrutura suficiente e altamente capacitada para isso há décadas através do Paraná Medicamentos. O que se faz necessário é ter um mínimo de capacidade operacional para gastar o dinheiro existente (o ministério conseguiu gastar só 30% do que deveria ter gasto até agora) e utilizar o poder de compra do ministério da saúde para conseguir adquirir os medicamentos no mercado internacional. Mas isso com certeza escapa da visão obtusa do general.