O Ministério da Economia elevou nesta terça-feira (14) a sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,32% para 2,40% em 2020. A projeção esta no Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica.
Para o ano de 2019, cujo resultado ainda não foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão da área econômica de crescimento passou de 0,90% para 1,12%.
O mercado financeiro, por sua vez, estima uma alta de 1,17% para o PIB de 2019, de 2,3% para 2020 e de 2,5% para 2021, As previsões foram colhidas pelo Banco Central na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
“No segundo semestre de 2019, a economia brasileira apresentou sinais mais fortes de recuperação do ritmo de crescimento da atividade. Houve aumento do emprego e da renda, com consequente redução da taxa de desocupação”, informou o Ministério da Economia.
De acordo com a área econômica, as reduções da taxa básica de juros, atualmente na mínima histórica de 4,5% ao ano, devem começar a produzir efeitos na atividade econômica no primeiro semestre deste ano, “especialmente a partir do segundo trimestre”.
Inflação – Segundo o estudo da Secretaria de Política Econômica, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, a expectativa para este ano passou de 3,53% para 3,62%.
Na semana passada, o mercado financeiro estimou um IPCA de 3,58% para 2020.
A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,5% a 5,5%.
Dívida pública – O secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que a área econômica passou a projetar uma dívida pública menor, na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), nos próximos anos.
Segundo o secretário, a expectativa anterior do governo, de que a dívida bruta, em relação ao PIB, atingisse o patamar de 80% nos próximos anos, não mais se concretizará. A expectativa é de que a dívida avance para 78% do PIB, em 2022, e recue nos anos seguintes.
“Ao longo de 2020, a nossas estimativas é de que [a dívida] flutuará, com pequena elevação, alguns meses com pequena redução, mas não ultrapassará 80% do PIB temos uma trajetória declinante para dívida bruta em percentual do PIB”, informou.
De acordo com ele, o esforço fiscal necessário para estabilizar a dívida está menor do que o governo previa anteriormente, de um superávit primário (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida pública) de 2% do PIB. Segundo ele, esse valor recuou para cerca de 1% do PIB. (Do G1).