A PR-092 é uma das rodovias mais importantes da Região Metropolitana de Curitiba, ligando a Capital às cidades de Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Almirante Tamandaré e à região do Vale do Ribeira, funcionando como um corredor de escoamento de calcário, cimento, minérios e da produção hortifrutigranjeira. Em 2013, quando foi elaborado o estudo de volume de tráfego, 18 mil veículos circulavam pela via diariamente. O número, porém, deve ter aumentado nos últimos anos.
A obra de duplicação começa um pouco antes da ponte sobre o Rio Barigui, próximo ao entroncamento com a PR-418, o Contorno Norte de Curitiba. “A Rodovia dos Minérios acabou caindo no esquecimento. Há 30 anos havia a promessa de duplicação, que não aconteceu ao longo das últimas décadas. Com um ano de governo, fizemos ajustes e conseguimos fazer esse grande investimento”, afirmou o governador. “A ideia é que esse trajeto fique mais seguro e mais rápido para as pessoas que utilizam a rodovia”.
“As obras já começaram, os operários e os maquinários já estão trabalhando e o DER faz o trabalho de fiscalização. Nosso compromisso é entregar esse projeto o mais rápido possível”, salientou Ratinho Junior. Ele acrescentou que esse investimento de R$ 90 milhões faz parte de um pacote de obras do Governo do Estado para a Região Metropolitana, para modernizar a infraestrutura, diminuir o número de acidentes nas cidades e trazer mais comodidade para os cidadãos.
O prefeito de Almirante Tamandaré, Gerson Colodel, explicou que todos os municípios, desde Doutor Ulysses até Curitiba, dependem da rodovia, que já não suporta o tráfego diário de veículos. “A rodovia é uma ligação importante com a Capital, com um tráfego grande de caminhões que transportam principalmente minérios. Ela está estrangulada e necessita muito dessa duplicação”, afirmou. “Além deste trecho inicial, já está sendo projetado um segundo trecho, até o quilômetro 16, onde haverá a ligação com o Centro de Almirante Tamandaré”, disse.
Serviços – Estão sendo executados os serviços de terraplanagem, remoção de árvores na faixa de domínio da rodovia e limpeza para dar continuidade ao processo de aterramento. São os procedimentos iniciais que precedem a construção das pontes e pistas. Desde meados de fevereiro, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) interditou a pista esquerda sobre a ponte do Rio Barigui, próximo ao Contorno Norte de Curitiba, para execução de seis estacas que servirão de fundações para uma nova ponte.
A previsão é que este primeiro trecho seja concluído em dois anos, mas novas frentes de trabalho devem acontecer na sequência, totalizando 20 quilômetros de duplicação. “É uma execução complexa por estar no perímetro urbano e contar com inúmeras obras de arte, como pontes e viadutos. Mas o nosso maior desafio agora é continuar com o projeto por mais 15 quilômetros”, afirmou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
O secretário explicou que o DER é responsável por toda a fiscalização e vai atuar para que esses primeiros quilômetros sejam concluídos dentro do prazo e com eficácia. “No trecho subsequente, que já tem os recursos garantidos, nos deparamos com uma caverna, um problema geológico que temos que superar. Mas nossos técnicos já estão debruçados para continuar o projeto por mais dois quilômetros”, disse.
Pistas– Após a conclusão das obras de arte especiais serão executados os serviços nas pistas da rodovia. Eles começam com a terraplenagem e pavimentação das vias marginais, que terão oito metros de largura e sentido único. Após sua conclusão, elas vão receber o tráfego da via principal, que será fechada para a duplicação. Somente nos pontos sem marginais ficará aberta uma pista simples no período das obras. O objetivo é garantir que os condutores possam utilizar a rodovia durante a realização dos serviços com o mínimo de interferência possível.
Juntamente com as marginais, serão implantadas calçadas para pedestres e ciclovia em ambos os lados da pista e nos trechos sem marginal. Além disso, a obra inclui uma passarela para pedestres, próxima ao quilômetro 11, em um local de travessia de estudantes e de ligação entre bairros.
Na via central da rodovia será implantado o pavimento rígido, constituído por placas de concreto de cimento de 27 centímetros de espessura, mais adequado para o volume de tráfego local, assim como para as características do solo da região. Cada sentido da rodovia terá duas faixas de 3,6 metros cada e acostamentos nos dois os lados. (AEN).