O governo federal poderá congelar os preços dos combustíveis para tentar evitar que aumentos vertiginosos empurrem a inflação para cima e afetem negativamente a imagem de Jair Bolsonaro, de forma a prejudicar o projeto de reeleição. Nessa segunda-feira (7), o presidente deu a entender que haverá uma intervenção na política da Petrobras de alinhamento à cotação internacional do barril.
“Tem uma legislação errada, feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, disse Bolsonaro, durante entrevista a uma rádio.
A possibilidade de haver uma intervenção na política de preços da Petrobras, segundo o próprio presidente, fez as ações preferenciais da estatal desabarem 7,10%, fechando o dia em R$ 31,10. “Estamos tomando medidas porque é algo anormal. O barril do petróleo saiu da casa dos US$ 80 para US$ 120 dólares”, destacou Bolsonaro, na mesma entrevista.
Estava marcada para essa segunda-feira uma reunião ministerial para decidir as medidas que podem ser tomadas para evitar os reflexos, nos postos de combustíveis, da disparada da cotação internacional do petróleo por causa da guerra da Rússia contra a Ucrânia — foi transferida para esta terça-feira (8). Porém, o presidente já começou a tratar do assunto e conversou com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e com o da Economia, Paulo Guedes. (Do Correio Braziliense).