A senadora Gleisi Hoffmann anuncia que será candidata a deputado federal. Em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que seria “arriscado” tentar a reeleição ao Senado. Gleisi apenas confirmou publicamente o que já era previsto desde, pelo menos, o impeachment de Dilma Roussef, o longo processo que levou Lula a ser condenado à prisão e ao acelerado desmantelamento da máquina petista em todo o país.
Além disso, pessoalmente desgastada em razão das denúncias e ações penais a que responde – com possível julgamento até o mês que vem -, sobra agora à presidente nacional do PT a tentativa de buscar uma cadeira na Câmara Federal, atrelada a uma coligação de pequenos partidos de esquerda e à candidatura de um candidato fraco ao governo do estado, o Dr. Rosinha.
Porta-voz de Lula, a quem visita toda quinta-feira na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente está preso, Gleisi vem mantendo uma posição questionável perante quase todos as demais lideranças do PT no país. Ao insistir que o partido deve manter a improvável candidatura de Lula a presidente e não aceitar discussões em torno do lançamento de um plano B, levanta queixas de governadores e parlamentares que se sentem impedidos de tomar iniciativas para a construção de alianças regionais com outras legendas.