Enquanto isso, na Sala da Justiça, os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin trocaram nesta manhã “opiniões divergentes”:
De Gilmar para Fachin:
“Não invejo seus dramas pessoais, porque certamente poucas pessoas ao longo da história do STF se viram confrontadas com desafios tão imensos, grandiosos. E tão poucas pessoas na história do STF correm o risco de ver o seu nome e o da própria Corte conspurcado por decisões que depois vão se revelar equivocadas. Ter sido ludibriado por Miller [o ex-procurador da República Marcello Miller, acusado de ter atuado para o grupo J&F antes mesmo de se desligar da PGR] e et caterva e ter tido o dever de homologar isso deve-lhe impor um constrangimento pessoal muito grande nesse episódio”, completou Gilmar.
De Fachin para Gilmar:
“Eu reitero o voto que proferi com base naquilo que entendo que é a prova dos autos. Agradeço a preocupação de Vossa Excelência, mas parece-me que, pelo menos ao meu ver, julgar de acordo com a prova dos autos não deve constranger a ninguém, muito menos um ministro da Suprema Corte. Também agradeço a preocupação de Vossa Excelência e digo que a minha alma está em paz.”