Gilmar dá “boa viagem” a Janot

O ministro Gilmar Mendes, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esteve hoje em Manaus para acompanhar a eleição suplementar para o governo do Amazonas. Viajaria em seguida para Brasília onde já o espera o presidente Michel Temer para um jantar no Jaburu.

Como sempre, Gilmar esta sem travas na língua. Criticou a Procuradoria Geral da República (PGR) e desejou “uma boa viagem” a Rodrigo Janot. Leia o trecho principal da entrevista publicada pelo Estadão, em reportagem do enviado especial Pedro Venceslau:

Gilmar reitera críticas Janot e defende sistema ‘semi-presidencialista’

MANAUS – Em viagem neste domingo, 6, a Manaus para acompanhar a eleição suplementar para o governo do Amazonas, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse ao Estado/Broadcast que o Supremo Tribunal Federal ficou a reboque da Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da Lava Jato e desejou ao procurador-geral Rodrigo Janot “uma boa viagem”. Gilmar afirmou, ainda, que vai jantar neste domingo com o presidente Michel Temer e defendeu um regime semi-presidencialista para o País.

A reforma política. Temos feito sugestões às comissões do Congresso e batido muito na necessidade da cláusula de barreira e proibição de coligação. Tenho batido muito na necessidade de pensar um semi-presidencialismo. Alguma coisa que mesclasse uma Presidência com algum significado forte, mas que também valorizasse a governabilidade com um primeiro-ministro. Pensar um modelo francês-português que nos tirasse dessas crises continuadas que estamos envolvidos. Dos quatro presidentes da nova República, só dois terminaram o mandato integralmente. Toda vez que temos crises mais profundas, vem a discussão sobre impeachment ou fórmulas desse tipo. Temos que separar a Presidência da questão da governabilidade mais geral. Já temos hoje um modelo muito parlamentarizado. Se houver necessidade de troca, que seja sem tantos traumas.

Essa coisa se personalizou de tal maneira que a gente só pode desejar ao procurador uma boa viagem. Ele perdeu todas condições de equilíbrio para continuar exercendo o cargo. Infelizmente, o sistema permite isso. Eu tenho criticado o Supremo Tribunal Federal, que ficou a reboque de impulsos do procurador-geral, permitindo a violação da lei de delação e uma série de abusos nessa área. Estamos fazendo uma rediscussão sobre esse tema. Certamente, o Tribunal vai acertar o passo. Acho que haverá o restabelecimento da normalidade na relação do Tribunal com a PGR.

1 COMENTÁRIO

  1. A vaidade é o maior agente da estupidez do ser humano e Gilmar Mendes o produto acabado desse pecado. O que há de pior na história do STF.
    Com um parlamento como este que temos, não há que se falar em Primeiro-Ministro, há corrupção demais por lá. Seríamos a Itália da América Latina.
    Educação e reforma política

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