(Atualizada às 9h15)
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou uma operação, na manhã desta segunda-feira (10), que mira um suposto esquema de propina entre médicos e empresários para furar a fila do Sistema Único de Sáude (SUS), segundo o relato do site G1/Paraná em reportagem de Diego Ribeiro e RPC.
Há 12 mandados de prisão temporária e 45 de busca e apreensão sendo cumpridos no Paraná. Há políticos envolvidos.
A ação foi batizada de “Mustela” em alusão ao gênero de mamíferos que inclui animais conhecidos como furões.
O gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSD), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba, está entre os alvos. O Gaeco chegou ao local por volta das 7h.
Segundo o procurador-chefe do Gaeco, Leonir Batisti, pessoas que precisavam de cirurgia ligavam pro assessor do deputado Ademir Bier (PSD). Esse assessor atuava como “despachante”.
O assessor entrava em contato com médicos que cobravam propina para fazer o procedimento, de acordo com Batisti. O deputado, ainda conforme o coordenador do Gaeco, se beneficiava politicamente, com votos, ao dar “carteiradas” com sua influência.
Há dois vereadores que também são alvos das ordens judiciais. Não foi informado quem são os parlamentares, nem quais as cidades.
Outros alvos são o Hospital São Lucas, em Campo Largo, na Região Metropolitana da capital paranaense, e a empresa Solumedi, em Curitiba. Médicos e enfermeiros do hospital foram presos.
Inicialmente, havia sido dito que o Hospital Regional de Campo Largo era um dos alvos, mas, na verdade, é o Hospital São Lucas.