O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia contra um empresário e um servidor público do escritório regional do Instituto Água e Terra (IAT). O empresário é acusado por tráfico de influência, e o servidor, por concussão – ambos foram investigados a partir da Operação Mamon, deflagrada no início deste mês para apurar a existência de pagamentos sistemáticos de propina na unidade do IAT em Ponta Grossa.
Segundo a denúncia, o servidor teria exigido o pagamento de R$ 60 mil dos proprietários de um loteamento no município de Reserva para renovar a licença ambiental de instalação e para deixar de autuá-los por suposto corte ilegal de vegetação. De acordo com o apurado, um empresário do ramo de georreferenciamento teria aproveitado a situação para intermediar o pagamento da propina e a liberação do loteamento, cobrando parte desses valores para si.
Durante a investigação, o Gaeco cumpriu diversos mandados de busca e apreensão em residências, no órgão público e na empresa. A denúncia foi recebida pela Vara Criminal de Reserva, e o servidor público permanece preso preventivamente. Já o empresário denunciado foi proibido cautelarmente de se aproximar das vítimas como forma de garantir o trâmite regular do processo. (Do MPPR).
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