O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta segunda-feira (11) a Operação Pix, que investiga a possível prática de exigências de valores ilícitos por parte de policiais a compristas de mercadorias estrangeiras. A ação foi realizada com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e culminou no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu.
As ordens judiciais foram executadas em endereços vinculados a cinco pessoas – entre elas dois policiais militares – e também na sede do Destacamento da PM em Santa Terezinha de Itaipu, onde estão lotados os agentes investigados, que também foram afastados liminarmente das funções. A apuração do Gaeco teve início em outubro, a partir de notícias de que compristas de mercadorias estrangeiras que vinham do Paraguai estavam sendo abordados na BR-277 pelos PMs, que estariam exigindo repasse de dinheiro para a liberação dos motoristas e produtos importados. As propinas eram cobradas por meio de transferências via pix para contas de outras pessoas que depois repassavam os valores a contas de familiares dos policiais militares – inclusive para a conta da mulher de um dos policiais. Não foram divulgados os nomes dos investigados.
Os mandados foram deferidos pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual. Foram recolhidos aparelhos celulares, documentos, computadores, valores em espécie e objetos ilícitos. O Núcleo Regional do Gaeco em Foz do Iguaçu está aberto para receber informações e denúncias relacionadas ao caso, notadamente relatos de outras pessoas que foram vítimas de cobrança por parte dos PMs. O contato é o telefone (45) 3308-1344 e/ou o e-mail [email protected]. (Do MPPR).