No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) contratou para os ministros um bufê de luxo, com lagostas e vinhos. A compra chegou a ser suspensa pela Justiça, mas foi liberada pelo desembargador Kassio Nunes Marques, vice-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF-1), com sede em Brasília. O desembargador terá o seu nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ministro na vaga de Celso de Mello.
Na decisão (acesse aqui), Marques considerou que não viu “potencial lesivo” nem “desvio de finalidade” na contratação. “O contrato a que se refere o Pregão Eletrônico 27/2019/STF se destina a qualificar o STF a oferecer refeições institucionais às mais graduadas autoridades nacionais e estrangeiras, em compromissos oficiais nos quais a própria dignidade da Instituição, obviamente, é exposta”, escreveu.
No TRF-1, Kassio Marques liberou, em 2018, o uso de defensores agrícolas à base de glifosato. Em outra decisão, derrubou proibição, determinada em primeira instância, que proibia o abate de jumentos na Bahia, cuja carne é exportada para China e Vietnã.
Natural do Piauí, católico, ele é advogado de formação e chegou ao TRF pelo quinto constitucional. (O Antagonista).