Fruet quer saber o que há de concreto na Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial

O deputado federal Gustavo Fruet  (PDT-PR) entrou com pedido de informações no Ministério da Ciência e Tecnologia para saber o que há de concreto na Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (Ebia), aprovada pela Portaria 4.617, de 6 de abril de 2021.

De acordo com o parlamentar, análise preliminar do Ebia revela falta de meta, orçamento, organização e planejamento de implementação.

“Este é um tema que mexe diretamente com a vida das pessoas. Ao contrário do material divulgado pelo governo brasileiro, outros países têm estratégias muito bem organizadas para o desenvolvimento e uso da IA. Por isso, estou fazendo esse pedido de informações na esperança de que estejamos mais preparados do que demonstrou nosso Ministério até agora”, argumenta Fruet.

No pedido de informações, o deputado questiona, entre outras coisas, se há estudos orçamentários para o desenvolvimento da estratégia; se já existe algum cronograma formal para implementação dos eixos temáticos do Ebia; quais os critérios utilizados pelo Ministério para definição do cronograma.

Fruet lembra, por exemplo, que a estratégia IA da China tem três principais metas: alinhar a indústria de IA com os principais competidores até 2020, alcançar a liderança em vários campos de IA até 2025; e tornar-se o principal centro de inovação de inteligência artificial no mundo até 2030.

“O Ebia tem metas semelhantes para o posicionamento do Brasil no mundo em relação a IA? O plano japonês tem todo um detalhamento de política industrial relacionado a IA. O da Índia foca uso de inteligência artificial para desenvolvimento do agronegócio. Nosso vizinho Uruguai tem um ambicioso projeto de digitalização do poder público”, cita o deputado.

O relatório divulgado pelo governo federal lembra que o Brasil atualmente ocupa a 101ª posição em habilidades técnicas e a 96ª posição em capacidade de atrair talentos. Na América Latina, estamos atrás de Trinidade e Tobago, Jamaica, Panamá e Peru.

“É inacreditável que o Brasil, que tem mão de obra qualificada e recursos naturais abundantes, esteja nesta situação. Insisto! Nosso país tem mentes brilhantes, com capacidade para ajudar a construir um projeto concreto de desenvolvimento de AI”, finaliza Fruet.

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