O ex-prefeito Gustavo Fruet desenhou em sua página no Facebook um cenário sombrio, quase apocalíptico, para o futuro próximo no sistema do transporte coletivo de Curitiba. Acha que a tarifa técnica vai subir já e que a tarifa do usuário pode chegar a R$ 4,70 ou até R$ 5,00 m fevereiro de 2018. Como será ano eleitoral, não duvida que seja recriado o subsídio que o governo estadual dava até 2012.
Veja o que Fruet escreve:
Embora ainda sejam desconhecidos os termos do acordo firmado pela atual gestão da Prefeitura de Curitiba com os empresários do transporte, já é possível – a partir de dados públicos e itens do contrato – afirmar que estão sendo armadas ao menos 3 bombas relógio.
1 – Se homologado, o acordo retroage a 1º de novembro elevando a tarifa técnica a R$ 4,25. Inclui ajuste de pessoal, diesel e bens reversíveis e a decisão do TJ/PR que suspendeu decisão do TCE/PR, mas que valeu por 45 dias.
2. A segunda bomba será em fevereiro de 2018 quando, por contrato, acontece o reajuste. A tarifa técnica deve ficar entre R$ 4,70 e R$ 5,00, com a correção inflacionária dos itens que compõem a tarifa e nos salários de motoristas e cobradores. O contrato assinado na gestão Beto/Ducci estabelece que a tarifa seja corrigida anualmente, sempre em 26 de fevereiro.
3 – Como 2018 é ano eleitoral e o governador e seus parentes “próximos” serão candidatos, a tendência é que seja seguida a velha fórmula de fazer política com a tarifa.
4 – Nesta hipótese, a tendência é que a tarifa não seja reajustada ou sofra um reajuste inferior ao valor da tarifa técnica. Isso gerará novo desequilíbrio entre tarifa técnica e tarifa do usuário. Ou seja, uma nova bomba relógio será armada para o sistema.
5 – Para evitar o impacto negativo do aumento da tarifa nos projetos eleitorais, o grupo que hoje comanda Estado e Prefeitura deve recorrer ao subsídio. O mesmo que foi criado em 2012 – ano em que o governador tentava reeleger seu candidato à Prefeitura – e retirado após a vitória de um adversário político.
6 – É bem provável que, com a correção da inflação, a tarifa técnica chegue a R$ 4,75 a partir de fevereiro. Suponhamos que decidam elevar a tarifa do usuário dos atuais R$ 4,25 para R$ 4,50. Neste caso, a Prefeitura/Estado teria que bancar um subsídio de R$ 0,25 por passageiro.
7 – Isso consumiria R$ 4 milhões/mês dos cofres públicos. Valor suficiente para construir e equipar, todos os meses, uma creche para 150 ou 200 crianças.
8 – Perguntas que ficam. Será possível sustentar esse subsídio após a eleição ou no ano seguinte a tarifa do usuário terá que sofrer forte aumento para garantir o funcionamento do sistema? De onde sairia o recurso para manutenção deste subsídio? Que áreas deixariam de receber esse investimento? Registrando que neste ano de 2017 ocorreu a maior alta após o edital da gestão Beto Richa.
O povo merece!
Dificil imaginar algo diferente. Esse acordo obscuro. Vai sobrar p nos.