Frente Parlamentar do Pedágio recebe novas manifestações contra o modelo de concessão das rodovias

A mobilização promovida pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná  (Alep) continua repercutindo pelo interior do Estado. Vereadores dos municípios de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, e de Corbélia, na região Oeste, entregaram aos deputados estaduais nessa quarta-feira (30) documentação com reivindicações da população para as novas concessões e também demonstrando insatisfação com o modelo apresentado até o momento.

Em Jacarezinho, uma audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores deu origem a um manifesto demonstrando o descontentamento com o modelo proposto e solicitando a inclusão de benfeitorias para o município. “A proposta apresentada hoje desse modelo de pedágio não agrada a população de Jacarezinho. Primeiro pelo pouco investimento em nossa região e ainda vai aumentar mais duas praças de pedágio, mais uma em Jacarezinho e outra em Siqueira Campos sentido Curitiba. Vai aumentar o custo da nossa produção e não vamos poder concorrer com outros municípios, vai ficar caro para nós e torna inviável a nossa economia”, explica o vereador Professor Nilton Stein (PT).

Além da exclusão das novas praças de pedágio na região, a população quer a inclusão de obras como trincheiras, viadutos e vias marginais nos parques industriais. Segundo o vereador, foi graças ao trabalho da Frente Parlamentar que a população tomou conhecimento do que aconteceria na região. “Quando os deputados fizeram a audiência em Jacarezinho abriu os nossos olhos para saber como é esse modelo de pedágio. A partir daí nós pudemos ter conhecimento e também fazer as nossas proposições junto essa Frente Parlamentar”.

Erro – Já em Corbélia o abaixo-assinado pedindo tarifa zero para os moradores do município foi resultado de uma Comissão Especial Mista coordenada pelos vereadores. A atual praça de pedágio divide a área urbana do município dos distritos dificultando o acesso da população a serviços básicos. “Precisamos consertar um erro do passado. Não é nem um benefício, é um direito que a população tem de se movimentar dentro do próprio município. As pessoas estão impedidas de comprar no comércio porque o pedágio impede. O comércio sofre com isso. Existe também um prejuízo social que afasta famílias. É um erro que aconteceu lá no passado e a gente quer evitar que continue acontecendo”, afirma o vereador Paulo José Cardoso (MDB).

Segundo o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), a formalização dos anseios da população demonstra a necessidade de debater o tema e ouvir os usuários. “Isso é um clamor. São pautas que essa Frente defende. São manifestações técnicas que relatam a preocupação com a vida social, com acesso à saúde e à educação e, principalmente, com o atraso econômico que o Paraná pode enfrentar nos próximos anos”.

Bandeiras – Para o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), primeiro secretário da Alep, o momento é de expectativa para a apresentação do novo modelo prometido pelos governos estadual e federal, mas ainda assim, com muita preocupação. “A sociedade paranaense, por meio das Câmaras de Vereadores, continua manifestando contrariedade ao estudo que foi apresentado pelo Ministério da Infraestrutura em relação a futura concessão de pedágio no Paraná. Tudo isso, cria um ambiente em que as pessoas estão muito preocupadas com o que está acontecendo. Ao mesmo tempo, há um momento de silêncio depois que o governador foi ao presidente da República e ao ministro e o Governo Federal fez uma nova proposta”.

Entre as bandeiras da Frente Parlamentar estão a construção de um projeto baseado na menor tarifa, a garantia de que as obras previstas em contrato sejam executadas e o fim do chamado degrau tarifário, que permitiria um aumento de até 40% nas tarifas após a conclusão das obras. (Alep).

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