O deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa, tem interesses negociais e familiares no setor de coleta de lixo. Um filho dele é sócio de empresas que prestam serviços em municípios da Região dos Campos Gerais e que já foram objeto de procedimentos do Tribunal de Contas e do Ministério Público Estadual.
Nesta terça-feira (24), justamente na região Sudoeste, reduto político que reelege Traiano em sucessivos mandatos de deputado estadual desde a década de 1990, o Gaeco deflagrou a Operação Container para apurar fraudes em licitações, crimes ambientais e formação de cartel de empresas do setor de lixo. Seis pessoas foram presas, inclusive dois servidores do IAP, um deles do escritório de Francisco Beltrão, domicílio eleitoral do deputado.
Espera-se que Traiano não tenha nada a ver com esse barulho todo.
Caríssimos jornalistas que integram este d. veículo de comunicação.
Caríssimos leitores.
O IAP é a maior caixa de Pandora do governo Richa e é obrigação das autoridades estaduais e federais promover uma ampla e irrestrita investigação.
Não há dúvidas de que há uma constelação de questões. E a palavra é essa mesma: constelação (bilhões e bilhões).
Ocorre que as autoridades estão demorando. Há uma mora perigosa aí, causando o ensejo para a sombra da falha, a nota da omissão e o aroma da impunidade. Não, assim não pode ser.
Ou teriam Traiano e Plauto ascendência sobre o MP-PR?
Este d. veículo pode e deve promover suas diligências acerca do IAP, seus agentes e seus padrinhos.
Não será perda de tempo. Não será em vão.
Este d. veículo poderá exorcizar o fantasma do perigo da demora.
Mesmo que alguém da impoluta família Traiano esteja envolvido, já sabemos as consequências: “não vem ao caso”, como diria o já mundialmente famoso juiz. O cabra é do PSDB. Ponto final.
Um caso assustador de enrriquecimento ilícito. Os próprios companheiros deboxam da hora que ele tiver que se explicar.