O mercado financeiro, cortou a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) e taxa básica de juros (Selic) de 2020 mais uma vez. Agora, a estimativa é de uma recessão na economia brasileira, com uma queda de 2,96%. Na semana passada a previsão era de -1,96%. Por sua vez, a Selic caiu para 3%, ante 3,25%. É o que revela o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (20).
Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus Covid-19, essa é a décima semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida. Para o ano que vem, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 3,10%.
A previsão da taxa básica de juros da economia para 2021 se manteve em 4,50%. Há cerca de cinco semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa de juros mais uma vez, deixando-a em 3,75%, no menor patamar de sua série histórica. No entanto, há quase três meses, a previsão dos economistas do Banco Central para a taxa Selic em 2020 era um pouco maior, de 4,50% IPCA A expectativa pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de acordo com a divulgação do BC, foi cortada pela sexta semana consecutiva. Segundo os especialistas, a inflação de 2020 será de 2,23%. Na última semana, a estimativa era de 2,52%. Sendo assim, a inflação permanece abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2020, de 4%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,5% até 5,5%. Em relação a 2021, os economistas ouvidos pelo BC esperam uma queda nos preços de 3,40%. Esse é o quinto corte consecutivo desta estimativa. Há quatro semanas, a previsão era de um crescimento de 3,60%.