Farsa eleitoral pode chegar logo à Justiça

O Gaeco, braço policial do Ministério Público, remeteu na última sexta-feira à Procuradoria Regional Eleitoral as transcrições das fitas que comprovariam suposta farsa montada pelo marketing da campanha eleitoral de Rafael Greca na tentativa de incriminar o irmão do candidato adversário, deputado Ney Leprevost.

Leprepost estava à frente em todas as pesquisas do segundo turno quando uma investigação do Gaeco gravou conversações telefônicas entre um servidor da secretaria municipal de Urbanismo, uma ex-presidente da ParanáPrevidência e um ex-secretário nas gestões dos prefeitos Beto Richa e Luciano Ducci. As escutas comprovaram a obtenção e o trânsito furtivo de documentos da secretaria para a campanha de Greca e que serviram para a produção de vídeos envolvendo o nome de Leprevost em suposta fraude no aluguel de um terreno pertencente ao Instituto Paranaense de Cegos (IPC) à empresa de João Guilherme Leprevost, seu irmão.

Com as investigações em curso e em caráter sigiloso, o Gaeco não divulgou a descoberta durante a campanha.

Levada ao ar, a “denúncia” pode ter custado a derrota de Ney Leprevost e garantido a vitória de Greca, muito embora – já passada a eleição – a Justiça tenha reconhecido a regularidade no contrato de locação da área do IPC localizada no bairro Santa Quitéria.

Agora, com as transcrições entregues pelo Gaeco, o assunto passa a ser tratado pela Procuradoria Regional Eleitoral que poderá denunciar o caso à Justiça para responsabilizar os autores. Eles foram identificados nominalmente como sendo um servidor (já afastado) da secretaria de Urbanismo, a ex-presidente da ParanáPrevidência e um ex-secretário nas gestões municipais de Beto Richa e Ducci, que, nas escutas gravadas pelo Ministério Público, aparece com o nome de “Luiz”. Se for o mesmo, o Luiz citado voltou a ocupar uma secretaria na gestão Greca.

2 COMENTÁRIOS

  1. Lamento, mas tudo que este nosso GAECO faz o MP no Pr não finaliza…..tudo acaba em pizza…e esta operação é mais uma que vai sumir na controvérsia da matéria de direito

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