(por Ruth Bolognese) – Há uma certa perplexidade em algumas áreas do governo Beto Richa para com a sem-cerimônia com que a família Barros – o ministro Ricardo, a vice-governadora Cida e a filha Maria Victória – toma decisões e comanda o espetáculo.
Contribuem para isso dois fatores essenciais: a vocação para o mando do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e a personalidade afável do governador Beto Richa.
Ainda ontem, em entrevista para a Gazeta do Povo em Brasília, o governador enfatizou que não tem apego nenhum ao poder e tanto pode ser candidato em 2018 como deixar a vida pública ao final do mandato.
Na prática, o que acontece, segundo versões de gente muito próxima ao poder, é que por orientação do ministro, quando não ele próprio, os Barros não esperam pela decisão do governador. Agem e impõem seus próprios objetivos e vão abocanhando novos espaços.
A continuar assim, quando chegar a hora, ninguém vai perceber que o poder mudou de mão.