Extinção do DPVAT atinge seguradora de Luciano Bivar

Ao editar uma medida provisória nessa segunda-feira (11), extinguindo o seguro obrigatório DPVAT a partir de janeiro de 2020, bem como o seguro DPEM contra danos provocados por embarcações, o presidente Jair Bolsonaro acabou atingindo uma empresa do seu atual adversário no PSL, o presidente da legenda, Luciano Bivar.

Bivar é sócio de uma seguradora que atua no segmento, a Excelsior, credenciada pelo governo para atuar na cobertura do Dpvat. A empresa do deputado detém cerca de 2% da Seguradora Líder, consórcio que administra esse tipo de seguro e tem o direito de exclusividade para atuar nas indenizações de pagamentos de seguros a acidentados no país.

Em conversa com aliados, Luciano Bivar disse que já sabia que o governo iria extinguir esse seguro. A medida, segundo Bivar, fazia parte dos planos do ministro da Economia, Paulo Guedes, e ele já havia sido avisado.

O que aconteceu, na avaliação do presidente do PSL, é que o Palácio do Planalto decidiu acelerar o processo de extinção do Dpvat como forma de retaliação a ele.

Bivar comentou com amigos que o faturamento de sua empresa com a administração do Dpvat não é significativo e que ele não iria se colocar contra a medida. Para ele, tem sentido, na linha do que defende a atual equipe econômica.

Bolsonaro e Bivar travam disputa pelo controle do PSL,

partido presidido pelo deputado federal. Os aliados do presidente da República tentaram tirar Bivar do comando do PSL, mas não conseguiram.

(Do G1).

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