Ex-deputado André Vargas condenado à prisão outra vez

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou nesta quarta-feira (9), por unanimidade, a segunda condenação por lavagem de dinheiro do ex-deputado federal André Vargas em ação movida pela Operação Lava Jato. Ele teve a pena mantida em 6 anos de reclusão.

Em razão da primeira condenação a 13 anos de prisão, em 2015, André Vargas cumpriu três anos no Complexo Médico Penal de Pinhais. Foi libertado sob condicional em outubro de 2018 após cumprir 37% da pena. Ele foi o primeiro político no país a receber uma condenação decorrente de investigações da Lava Jato.

Na ação julgada hoje, também tiveram a condenação confirmada o irmão dele, Leon Denis Vargas Ilário, o empresário Marcelo Simões e a contadora Meire Bonfim da Silva Poza.

André foi acusado de, à época dos fatos deputado federal, ter usado sua influência política junto a funcionários da Caixa Econômica Federal para que a empresa IT7 Sistemas, pertencente a Marcelo Simões, fosse contratada pelo banco para fornecimento de software e prestação de serviços de informática pelo valor de R$ 71,3 milhões.

Em contrapartida, a IT7 repassou R$ 2,4 milhões a André. A origem do dinheiro foi ocultada por meio de notas fiscais de serviços não prestados pelas empresas Arbor Consultoria e Assessoria Contábil e AJJP Serviços Administrativos e Educacional, controladas por Meire. Os valores foram sacados em espécie e repassados a Leon Denis por Alberto Youssef.

Os quatro réus foram condenados por lavagem de dinheiro pela 13.ª Vara Federal de Curitiba em agosto de 2018. André, Leon e Simões recorreram ao tribunal. O Ministério Público Federal também recorreu. Leon, Simões e Meire tiveram as penas recalculadas em função da diminuição do agravante da culpabilidade.

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