Ex-coronel da PM executado em Ponta Grossa

Ex-coronel da PM executado em Ponta GrossaAinda não há detalhes, mas já há uma certeza: o ex-coronel da Polícia Militar Valdir Copetti Neves foi executado esta tarde com tiros calibre 12 e .40 numa estrada próximo à propriedade rural em que morava perto de Ponta Grossa. Estava dirigindo sua BMW quando foi emboscado por um grupo ainda não identificado. As investigações já foram iniciadas pelas polícias Civil e Militar, que atendeu a ocorrência.

Ex-coronel da PM executado em Ponta Grossa

 

Copetti ficou conhecido principalmente nas décadas de 1990 e início dos anos 2000 por chefiar milícias de proteção a fazendas supostamente ameaçadas de invasão por militantes de movimentos sem-terra na região dos Campos Gerais.

Aposentado da PM, onde chegou a comandar o Grupo Águia, Valdir Copetti Neves foi condenado em 2009 a 18 anos de prisão e à perda do cargo na corporação sob acusação de formar uma quadrilha com policiais aposentados destinada a fazer guarda ilegal de terras.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2004, fazendeiros contrataram um grupo de ex-PMs, comandado por Neves, para fazer a segurança de algumas propriedades rurais. Eles utilizavam armas sem registro e, de acordo com o MPF, algumas teriam sido importadas irregularmente.

Em dezembro de 2004, depois de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadirem um sítio próximo a um território monitorado pela quadrilha, os PMs tentaram sem sucesso desocupar a terra à força.

Em abril de 2005, uma operação da Polícia Federal (PF), batizada como “Março Branco”, prendeu Neves e outras sete pessoas por formarem a organização criminosa. Neste mesmo ano, o então secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, acusou Copetti de ser um “criminoso travestido de policial” durante depoimento na CPMI criada no Congresso para investigar atos de violência no campo. Na época, Delazari declarou também que o coronel Valdir Copetti Neves era “o único paranaense registrado na Organização dos Estados Americanos (OEA) sob a acusação de tortura”

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui