Médicos do Hospital Evangélico preveem o fim do atendimento já para o mês de dezembro, segundo consta de nota cuja autoria foi preservada pelo Contraponto a pedido dos signatários. O tom é de desalento.
Segundo o texto, a situação do hospital é desesperadora: “Se houver algo ainda a ser feito [para mudar o cenário], que aconteça agora, antes do fim de novembro, ou não haverá ninguém para contar a história”.
O Evangélico e a Faculdade Evangélica de Medicina estão sob intervenção da Justiça do Trabalho há quase três anos. Interventores foram nomeados com a responsabilidade de promover a recuperação das duas instituições, cujas dívidas ascendem hoje à casa de meio bilhão de reais.
As dívidas trabalhistas, com o corpo clínico e com fornecedores só aumentaram no período. Médicos abandonam a equipe e há dificuldades até para elaboração de escalas de trabalho.
Desde setembro tenta-se leiloar o hospital e a faculdade. Imaginava-se que este processo de transferência estivesse concluído em outubro. Várias entidades privadas buscaram as informações necessárias para estudar a viabilidade e fazer ofertas – mas o resultado até agora é nulo.
Leia a nota dos médicos do Hospital Evangélico:
