A opinião agora é geral e irrestrita: Beto Richa continuará governador até o último dia do mandato, em 31 de dezembro de 2018. Por mais que – como o próprio Richa repisa – o governador não esteja sendo investigado na Operação Integração, o desgaste político que já sofreu é suficiente para convencê-lo que ficar sem foro privilegiado e disputar a eleição para o Senado será um suicídio.
Pesa também o fato de que a Integração está apenas começando. “Pegou” apenas uma das empreiteiras concessionárias de rodovias, mas outras quatro estão também sob investigação e fatos novos poderão surgir em breve. Não necessariamente para implicar diretamente Beto Richa mas, com certeza, para aprofundar o descrédito do discurso de que se vale de que de nada sabia, de que é “intransigente contra a corrupção” e de que toma providências severas para afastar e punir os servidores flagrados em malfeitos.
Fez assim com a Operação Quadro Negro. Ele assumiu como se tivessem sido de sua a autoria as investigações policiais e judiciais que desmantelaram o esquema de desvio de verbas da Educação, quando se sabe que providências “enérgicas” neste sentido só foram tomadas quando os fatos vieram a público e se descobriu que a maracutaia vinha sendo praticada desde a sua primeira gestão. Comportou-se da mesma maneira em relação à Operação Publicano.
Com a Integração, o comportamento não fugiu à regra. Tão logo teve o Palácio Iguaçu invadido de manhãzinha pela Polícia Federal para cumprir mandado de busca e apreensão na mesa do assessor Carlos Nasser, Richa se surpreendeu. Ficou surpreso também com a prisão de outro amigo de longa data, o diretor do DER Nelson Leal Jr. Primeiro, mandou afastá-los dos cargos e só à tarde resolveu exonerá-los, enquanto, em entrevistas, se jactava de que os procuradores do MPF o isentaram de participação nos esquemas.
Isentaram por enquanto, pois nem eles ainda sabem que “achados” podem emergir das investigações que continuam em curso.
O mais surpreendente em todas as investidas dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e da Polícia Federal é a coincidência incômoda de que os envolvidos – presos e até já condenados – fazem parte do círculo íntimo de amizades do governador. Uns são seus companheiros de corridas automobilísticas, outros são parceiros de tênis e de viagens internacionais; mais alguns o acompanham como assessores muitos diretos, nomeados para cargos estratégicos em suas administrações desde os tempos em que era prefeito de Curitiba.
Beto Richa, no entanto, nunca soube de nada do que faziam à sua sombra. Só toma conhecimento quando os fatos estouram.
Não entendi por que exonerou tão rápido os dois caras. Afinal são inocentes até se prove a culpa. Ou não? Richa devia fazer um curso intensivo com o Temer pra aprender a lidar com isso.
Vou repetir: jornalismo chinfrim de recalcados. Torcendo p Osmar, invejando o Beto e com medo do Ricardo.
É preciso acabar com essa ladroagem,Celso.
O povo está sofrendo muito com a ausência do estado,nos direitos mais básicos.
Paulinho Dalmaz, Gilberto Loiola e cia devem estar com incontinência intestinal e vão dormir fora de casa. Como construíram os contratos de pedágio que aí estão, devem ter muito o que explicar. Há muito o que esclarecer da formatação e implantação do Anel de Integração. Os dois e alguns outros ocupavam a direção geral e operacional do DER quando veio o pedágio. Que sigam as investigações e esclarecimentos…