Eu, Maconheira (II)

(por Ruth Bolognese) – E depois que confessei aqui que fumei uma bituca de fumo de rolo achando que era maconha, a turma jovem e distraída que frequenta a casa na minha ausência, animou-se. Me oferece a erva verdadeira. E para fumarmos juntos.

Eu, hein? Vovó prefere duas doses de Cinzano. Tem gosto do bolero da Elis Regina , “são dois pra lá, dois pra cá”, de pista esfumaçada, de bigodinho fino, terno de linho e sapato de verniz preto e branco.

Coisas que nenhum hispter de 20 anos já pensou em experimentar em sua breve vida. E, aliás, nem vovó. Mas o Cinzano faz parte disso. Assim como o Campari. E o cabelo armado, a meia luz, o sapato de salto fino e as meias de seda com fio preto na traseira das coxas.

Uaaau! Hoje tô bandida!

 

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