Última escola de samba a desfilar pelo grupo especial do Carnaval de Curitiba na Marechal Deodoro, no sábado (18), a Enamorados do Samba vai contar com um reforço que ajudou na conquista do primeiro título da agremiação, em 2020: a ala formada por pessoas com deficiência e doenças raras.
A ala na escola Enamorados do Samba faz parte da programação do Fevereiro Lilás, mês de conscientização sobre as doenças e síndromes raras no Paraná. A lei (19.426/2018) é de autoria da deputada Maria Victoria (PP). “Iniciamos esse processo em 2015 e é emocionante e gratificante ver a cada ano mais pessoas se envolvendo e nos ajudando nessa grande corrente de disseminação da boa informação”, afirma a deputada Maria Victoria.
Este ano a ala será formada por 35 integrantes, entre pessoas com doenças raras, com deficiência, participantes do grupo de dança Guerreiros, formado por jovens com deficiência, e seus acompanhantes. Eles representarão a magia do circo, com uma novidade: além da coreografia, os passistas vão interpretar o samba enredo também na Linguagem Brasileira de Sinais (libras).
Parceria
A criação da ala dedicada aos raros surgiu de uma conversa informal entre a empresária Francielle Zuffo, do Pintando na Calçada, a ativista Shirley Ordônio, fundadora do Projeto LIA – Lazer, Inclusão e Acessibilidade – e o arquiteto Felipe Guerra, carnavalesco da Enamorados da Samba.
“Já tínhamos o projeto Nossa Folia não é Rara, com brincadeiras, música e outras atividades em praças da cidade. E tivemos a ideia de aproveitar o Fevereiro Lilás para levar os raros para a avenida”, lembra Shirley. “O Felipe Guerra comprou a ideia, criou a ala dos raros e, coincidência ou não, naquele ano a escola foi campeã. Acho que a Enamorados do Samba se enamorou pela inclusão”, acrescenta. (ALEP)00