O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello pediu perdão nesta segunda-feira (18) pelo confisco em março de 1990 de saldos das cadernetas de poupança e contas correntes bancárias. Pelo Twitter, o agora senador por Alagoas disse que acreditou que as medidas radicais poderiam conter a inflação naquela época.
O pedido de desculpas ocorre mais de 30 anos após o anúncio do Plano Collor 1, no dia 16 de março de 1990. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, escreveu. A ministra da Fazenda era a economia Zélia Cardoso de Mello, que atualmente mora em Nova York. Ela liderava a equipe econômica do governo.
Collor disse que o objetivo central de sua equipe era conter a hiperinflação de 80% ao mês e que não via alternativa viável na época. A situação econômica do País, segundo ele, prejudicava os mais pobres e as “pessoas estavam morrendo de fome”.
“Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência”, diz a publicação. “Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros.” (Do Estadão).