Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo sob a acusação de desviarem mais de R$ 400 milhões de empresas: Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido nas redes sociais como Luciano Ayan, e Alessander Mônaco Ferreira. A Operação Juno Moneta foi desencadeada pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pela Receita Federal em São Paulo.
Além das duas ordens de prisão, os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão na capital paulista, na sede do movimento, e em Bragança Paulista. Eles são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Fundador do movimento, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) foi ao Twitter e negou que os dois presos tenham integrado os quadros do MBL.
O MBL foi criado em 2014 e teve papel de destaque nas manifestações em favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e de combate à corrupção. Desde o ano passado, quando rompeu com o presidente Jair Bolsonaro, o grupo tem feito críticas ao atual governo.
Nota – O MBL divulgou nota sobre a operação, ainda em andamento, do Ministério Público de São Paulo que mira as movimentações financeiras do movimento O texto diz que os dois presos na operação “jamais fizeram parte do movimento”.
O MBL também afirma não existir “confusão empresarial entre MBL e Movimento Renovação Liberal”, ao contrário do que alega o MP.
O movimento chama de “risível” a acusação do MP de que houve ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos. O MBL informa, ainda, que as atividades de seus fundadores são anteriores ao próprio movimento e “não possuem qualquer vinculação”. Por fim, a nota diz que as acusações são “completamente distantes da realidade”.