A empresária paulista Roberta Luchsinger está pedindo à Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná a inelegibilidade do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que é pré-candidato a deputado federal pelo Podemos paranaense. A informação foi divulgada na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Segundo a representação, a Lei da Ficha Limpa veda a magistrados e membros do Ministério Público disputar eleições nos oito anos seguintes ao pedido de exoneração de seus cargos, caso estejam respondendo a processo administrativo-disciplinar.
Segundo a empresária, o ex-procurador é alvo de 52 representações no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Dallagnol respondeu no CNMP processos administrativos disciplinares (PAD), reclamações disciplinares e sindicâncias. Em duas dessas representações ele foi condenado e recebeu penas de censura e de advertência.
Em nota enviada ao jornal Folha de São Paulo, Dallagnol disse que a “existência de meras reclamações, que são simples pedidos feitos à Corregedoria, sem exame de mérito, por força da lei, que é clara, não torna ninguém inelegível”.