O candidato a prefeito de Curitiba Dr. João Guilherme, do Partido Novo, comprometeu-se, “caso eleito, a cumprir um único mandato” e não se candidatar à reeleição. “O Brasil que dá certo, o Brasil que produz, afastou-se da política, que hoje está nas mãos de políticos de carreira”, observou, destacando que seu partido não usa as verbas do fundo eleitoral de financiamento de campanha . As declarações foram feitas durante sabatina na Associação Comercial do Paraná (ACP).
João Guilherme observou que o poder público não pode resolver tudo sozinho e que é preciso abrir o debate e a participação a toda a sociedade. “Será assim com a questão dos moradores de rua. Da forma como a questão está sendo enfrentada, até mesmo sem o mapeamento das pessoas, estamos enxugando gelo”, lembrando a questão da desigualdade social em Curitiba, “onde temos 200 mil pessoas vivendo em situação de favelas”.
Tecnologia – Programas de geração de emprego e renda serão prioridade, segundo o candidato do Novo, que prevê a criação de um fundo de aval para alavancar principalmente pequenos negócios, e o uso das novas tecnologias digitais para reduzir a burocracia e facilitar o acesso aos serviços públicos. “Na saúde pós pandemia, a tecnologia também será vital para melhorar o atendimento às pessoas, com o uso intensivo da telemedicina”.
O candidato disse ser favorável à proposta da ACP de flexibilizar o horário do comércio e escalonamento nos horários da indústria, comércio e serviços, “pois não tem sentido todo mundo pegar ônibus ao mesmo tempo”. Para o transporte público, entre suas propostas, anunciou que incluiu no plano de governo a criação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Avenida das Torres, ligando o aeroporto à rodoferroviária, e a mudança do zoneamento no trecho para estimular a construção de hotéis, prédios comerciais e centros de eventos.
Pobreza – A candidata a vice, a empreendedora social Geovana Conti, também participou da sabatina. Fundadora de uma empresa social na Vila Torres voltada ao impulsionamento de negócios locais e à preparação de jovens para o mercado de trabalho, comentou que Curitiba tem altos índices de desigualdade social e que este é um fator que gera violência. “A erradicação da pobreza passa pela geração de renda e por qualidade de vida nas periferias – emprego, saúde, educação e lazer”.