O senador Aécio Neves, cujo destino está sendo decidido em voto aberto pelo Senado, enviou carta aos colegas em que reclama da “trama tão ardilosamente construída” e pede apoio para voltar a exercer o mandato, do qual está afastado e obrigado ao recolhimento noturno por determinação do STF.
A manutenção ou revogação dessas medidas cautelares precisa ser referendada por 41 dos 81 senadores.
“Talvez você possa imaginar a minha indignação diante da violência a que fui submetido e o sofrimento causado a mim, à minha família e a tantos mineiros e brasileiros que me conhecem de perto em mais de trinta anos na vida pública”, começa o texto.
Fazendo um apelo ao corporativismo da Casa, o parlamentar diz o tema é grave tanto para ele quanto para o próprio Senado. “O que está em jogo é se pode, de forma monocrática ou por maioria de votos de uma das turmas do Supremo, um parlamentar ser afastado de suas funções sem ser previamente julgado”, diz.
A carta distribuída aos parlamentares é impressa, mas assinada à mão pelo senador tucano.