Em artigo, Mourão afirma que o Brasil está a caminho do caos

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, disse em artigo publicado nesta quinta-feira (14), no jornal O Estado de S. Paulo,  que vê Brasil a caminho do caos e que não enxerga outro lugar no mundo que esteja “causando tanto mal a si mesmo como o Brasil”.

“A crise que ela [a covid-19] causou nunca foi, nem poderia ser, questão afeta exclusivamente a um ministério, a um Poder, a um nível de administração ou a uma classe profissional. É política na medida em que afeta toda a sociedade e esta, enquanto politicamente organizada, só pode enfrentá-la pela ação do Estado”, escreveu.

Mourão ainda afirmou que o Brasil enfrenta a pandemia de modo “desordenado”, já causando reflexos na economia. “Pela maneira desordenada como foram decretadas as medidas de isolamento social, a economia do País está paralisada, a ameaça de desorganização do sistema produtivo é real e as maiores quedas nas exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano foram as da indústria de transformação, automobilística e aeronáutica, as que mais geram riqueza. Sem falar na catástrofe do desemprego que está no horizonte”.

Segundo o vice-presidente, o “estrago institucional” pode ser resumido em quatro pontos. O primeiro seria a polarização da sociedade. O segundo, a atuação de representantes de outros entes federativos – estados e municípios – e poderes, muitas vezes na contramão da União. O terceiro é a imprensa: opiniões contrárias e favoráveis ao governo deveriam ter o mesmo espaço. E o quarto, o prejuízo à imagem do Brasil no exterior “decorrente das manifestações de personalidades que, tendo exercido funções de relevância em administrações anteriores, por se sentirem desprestigiados ou simplesmente inconformados com o governo democraticamente eleito em outubro de 2018, usam seu prestígio para fazer apressadas ilações e apontar o País “como ameaça a si mesmo e aos demais na destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global”.

Hamilton Mourão terminou o artigo afirmando que há tempo para “reverter o desastre”. “Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades legalmente constituídas”.

 

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