O ex-presidente da Câmara dos Deputados, o carioca Eduardo Cunha, garante em capítulo de um livro que vai lançar que não haveria o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-RS) sem a atuação do então vice, Michel Temer, e dos deputados Rodrigo Maias (DEM-RJ) e Baleia Rossi (MDB-SP). Segundo a coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, o ex-parlamentar pretende lançar o livro “Tchau, Querida”, no qual promete revelações importantes sobre o processo.
Na introdução da obra, obtida pela coluna, Cunha critica o livro “A Escolha”, lançado por Temer. Para ele, o livro quis “passar a informação de que Michel Temer apenas se beneficiou pelo destino da previsão constitucional de que o vice sucede o titular na Presidência”. O ex-presidente da Câmara afirma que Temer “foi sim o militante mais atuante e importante” na derrubada de Dilma Rousseff da presidência. “Ele simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta. Ele fez ‘a escolha’”.
Cunha está em prisão domiciliar e promete “detalhes inéditos e minuciosos” sobre a batalha de Temer para derrubar Dilma. No livro, ele ainda mira no presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e Baleia Rossi, que disputa o cargo com apoio do próprio Maia. De acordo com Cunho, o atual presidente da Câmara dos Deputados foi articulador e “um dos principais militantes” pelo impeachment, e Baleia Rossi também teria atuado na derrubada da petista.