As estimativas de economistas e instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) para o PIB deste ano subiram mais uma vez, segundo o boletim Focus, divulgado toda segunda-feira. No relatório desta segunda-feira (30), a projeção de crescimento para 2019 é de 1,17%, acima dos 1,16% previstos na semana passada. Para o próximo ano, a projeção subiu de 2,28% para 2,30%.
As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
De acordo com as instituições financeiras, no fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica também esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre o período em 6,38% ao ano. A estimativa anterior era 6,25% ao ano. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Por outro lado, quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
A projeção para a cotação do dólar ficou estável em R$ 4,10 no fim de 2019, e caiu para R$ 4,10 no encerramento de 2020. (AB).