Por Walter Schmidt – Poucos chegam aos 90 anos de idade. Luiz Geraldo Mazza, jornalista tempo integral (e advogado em alguns momentos), chegou lá. Irreverente, poeta, cronista político, cronista do cotidiano paranaense e curitibano, gozador, radialista, autor de célebres trocadilhos, pensador, pescador, professor para gerações de jornalistas, dono da verve e do verbo.
Mazza é um faz-tudo na arte de escrever, de falar – e de interpretar, seja uma piada ou um passo de balé. Bom papo, baita humanista e coxa-branca. E é da Academia Paranaense de Letras.
Mazza nasceu em Paranaguá e veio para Curitiba, em 1940. Seus primeiros passos no jornalismo começaram por via literária. Mandava crônicas para o Diário do Comércio de Paranaguá. No Diário da Tarde,de Curitiba, as crônicas eram baseadas no cotidiano. Profissionalmente, começou em 1954 em O Estado do Paraná. Depois, passou pelo Diário do Paraná, Última Hora, Gazeta do Povo, Folha de Londrina (onde continua), Correio de Notícias e no semanário Hora H. Foi articulista da consagrada página 2 da Folha de S. Paulo Foi diretor de jornalismo na Globo local. Apresentou o programa Fórum de Debates, na TV Paraná. E fez sucesso até recentemente como comentarista da Rádio CBN-Curitiba. Hoje, posta matérias nas redes sociais e tem um canal no Youtube.
Mazza conhece a política do Paraná como poucos. De Manoel Ribas para cá não perdeu nada e nada escapou de suas observações e críticas. Criticou Lupion, Ney Braga, Pimentel, Leon Peres, Canet, Richa, Alvaro, Requião, Lerner (Lerner, quando soube que Mazza o havia elogiado, pediu direito de resposta!) e Beto Richa. Para ele, que é pós-doutor em Paraná e Curitiba, o Estado só teve dois estadistas: Bento e Parigot de Souza.
Pois é. Mazza 90 tem histórias e textos que não acabam mais. Ainda bem que o temos entre nós.
(Transcrito do Diário Indústria & Comércio).
Bonito texto Walter
Sou eu: Quem?
Parabéns ao Mazza por se tornar um nonagenário, a melhor idade da terceira idade e com a lucidez , verve crítica, analítica e sobretudo com muito bom humor!
Para ele um cumprimento napolitano:
“ Que viva cenntani”