É “fake” pesquisa que aponta vitória de Bolsonaro

Uma mensagem que tem viralizado no WhatsApp diz que uma pesquisa de intenção de voto do Instituto Paraná Pesquisas coloca o deputado Jair Bolsonaro (PSL) à frente em todos os estados mesmo com o ex-presidente Lula (PT) candidato. A mensagem é #FAKE.

A falsa mensagem diz que a pesquisa “está registrada no TSE, porém nenhuma emissora de TV ou jornal quis divulgar”. O texto leva ainda a um link, que diz que a sondagem “mostra que Bolsonaro seria eleito no primeiro turno, contrariando outros institutos de pesquisas como Datafolha e Ibope”. Não é verdade, diz o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

A última pesquisa nacional do instituto divulgada foi registrada no TSE em abril (sob o número BR-02853/2018). Há uma pesquisa registrada que ainda será divulgada. Na última, em um cenário com Lula como candidato, Bolsonaro aparece em segundo lugar com 19,5% das intenções de voto, enquanto Lula lidera com 27,6%. Não há cenários de segundo turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

A pesquisa, no entanto, não possui dados por estado. Ela mostra apenas por regiões (sendo que a Norte e a Centro-Oeste aparecem agregadas). Na Norte+Centro Oeste, Lula tem 23% e Bolsonaro, 20%. Na Nordeste, Lula aparece com 43,6% e Bolsonaro, com 14,5%. Na Sudeste, Lula tem 23,5% e Bolsonaro, 21,8%. Já no Sul, Bolsonaro aparece à frente: 21,6% ante 14,7% de Lula.

Nos cenários sem Lula, Bolsonaro aparece à frente. No cenário 1, com 20,5%, seguido de Marina Silva, com 12%, Joaquim Barbosa, com 11%, Ciro Gomes, com 9,7%, Geraldo Alckmin, com 8,1%, Alvaro Dias, com 5,9%, Fernando Haddad, com 2,7%, Manuela D’Ávila, com 2,1%, Michel Temer, com 1,7%, Flávio Rocha, com 1%, e outros nomes citados com 2,9%. No cenário 3, ele tem 20,7%, Marina, 13,3%, Barbosa, 11,2%, Ciro, 10,1%, Alckmin, 8,4%, Dias, 6,1%, Manuela, 2,1%, Temer, 1,7%, Rocha, 1%, e outros nomes com 3,3%.

Sobre a mensagem que circula no WhatsApp, o instituto Paraná Pesquisas diz: “A pesquisa não é verdadeira. A notícia é falsa. O Instituto Paraná Pesquisas já está tomando as medidas legais cabíveis em casos como esse”.

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