A coluna Painel, da Folha de São Paulo, registra que o prefeito João Doria está cada vez mais parecido com Ciro Gomes, que tropeça na própria língua. Presidenciável, Doria figurava até poucos dias atrás como favorito entre os tucanos para enfrentar Lula ou Bolsonaro. Já não está mais com esta bola toda: o PSDB passou a entender (e a opinião pública também) que é melhor ficar com o governador Geraldo Alckmin, “o picolé de chuchu”.
Abatido em pleno voo O prefeito João Doria (PSDB) vive seu pior momento. A queda da avaliação de sua gestão em SP era esperada, mas ele acreditava que as viagens pelo país compensariam o resultado, ampliando sua pontuação nas pesquisas para o Planalto —o que não ocorreu. Ao mau presságio dos números do Datafolha somou-se a discussão deselegante que teve com o ex-governador Alberto Goldman. O saldo imediato é o crescimento da antipatia e da desconfiança de líderes tradicionais do tucanato sobre o nome dele.
Fala muito As discussões sobre a reação de Doria às criticas de Goldman, velho conhecido do PSDB paulista, extrapolaram o Estado. Deputados federais da sigla de fora de São Paulo viram uma série de erros estratégicos nos termos usados pelo prefeito, que chamou o ex-governador de “fracassado” e “medíocre”.
Melhor idade Os parlamentares pontuaram que as palavras de Doria poderiam ser interpretadas como ofensas à terceira idade, que representa 17% do eleitorado.
Siga o mestre Deputados chegaram a comparar o prefeito ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), conhecido pela verborragia. Temem que, como ele, Doria comece a “tropeçar na própria língua”.