O prefeito Rafael Greca convida para o ato solene de assinatura, pelo governador Ratinho Jr., de convênio pelo qual o governo do Estado repassará ao município recursos para a elaboração de projeto de construção da duplicação do viaduto Orleans.
É a segunda vez que governo e prefeitura formalizam parceria para execução de uma mesma obra.
A primeira vez foi no dia 2 de abril de 2018. Segundo notícia oficial que saiu na época, o então governador Beto Richa e o prefeito Rafael Greca assinaram convênio pelo qual o governo estadual garantia o repasse de R$ 30 milhões para a construção do viaduto – obra que, segundo promessa do prefeito no discurso que fez na cerimônia realizada no Clube Três Marias (foto ao lado), estaria pronta em 18 meses. Portanto, o viaduto deveria ter sido inaugurado em outubro do ano passado, ou mais precisamente na “primavera de 2019” quando estaria cumprida uma de suas promessas de campanha (veja vídeo abaixo).
Até hoje, porém, em meio a uma nova campanha de prefeito, não há sinal de construção. Pode ser que o ex-governador Beto Richa não tenha tido tempo de tomar todas as providências para assegurar o prometido repasse: quatro dias depois da assinatura do convênio, ele renunciou ao cargo para iniciar conturbada campanha para se eleger senador, objetivo que também não deu certo.
É obra importante para a cidade: o viaduto em pista simples já não suporta o tráfego. Ele passa por cima da BR-277 e faz ligação viária entre os bairros de Santa Felicidade e São Braz ao Campo Comprido e a CIC. A assinatura do convênio será às 9 horas desta segunda-feira (13) no Palácio Iguaçu.
O prefeito acreditou na promessa do governador. No discurso, Greca incluía o viaduto entre as grandes obras que pretendia iniciar e concluir na sua gestão e enaltecia o projeto: “O local aflige os curitibanos e atrapalha inclusive o trânsito da BR-277. O viaduto histórico, que remonta ao final dos anos 1970, vai ser para pedestres e ciclistas, parecidos com os famosos viadutos de Nova York. As outras duas estruturas serão como uma rotatória elevada, uma solução de engenharia para ir e vir com segurança”, explicou.
Espero que a imagem seja só ilustrativa, porque é absurdo gastar tanto concreto para fazer dois retornos desnecessários, pois existe um viaduto há 500 metros dali!!! O CREA e as Universidades que fiquem de olho nisso…
Dizer o que? Veja o caso da (inútil) trincheira da Mário Tourinho, cuja previsão de entrega – após o longo atraso para iniciar a obra – era abril de 2020. Basta passar por ali para ver que a coisa ainda vai longe, muito longe.