Como a eleição está chegando e como quase todos eles são candidatos à reeleição, os deputados estaduais terão um prato cheio na próxima segunda-feira para agradar o funcionalismo público – nem que isto importe em agravar a situação financeira do estado. O importante é a “farra” – como fizeram na última madrugada antes do recesso os deputados federais e senadores que aprovaram R$ 100 bilhões de gastos inesperados para a viúva pagar.
Na sessão do dia 13, o plenário da Assembleia vai votar os vetos baixados pela governadora Cida Borghetti à reposição de 2,76% sobre os salários dos servidores de todos os Poderes (Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Tribunal de Contas e da própria Assembleia). Segundo ela, as finanças do estado não aguentam o impacto de uma despesa não prevista de R$ 250 milhões só este ano.
Os deputados terão duas opções: ou aprovam os vetos e os servidores ficam sem reajuste ou derrubam os vetos. Vai ter algum deputado interessado em saber se o governo pode ou não pode arcar com o acréscimo? O mais provável é que derrubem os vetos e joguem para receber os aplausos das galerias. Feito isto, devolvem o rojão para Cida Borghetti, que, outra vez, não vai aprovar os projetos. Vai devolvê-los para que a Assembleia assuma a responsabilidade de promulgar a reposição. Ganharão a simpatia dos funcionários e dão uma banana para o Erário.
Não se discute que, com salários congelados desde 2016 e já defasados em mais de 10%, os servidores têm direito líquido e certo de reivindicar e obter a reposição inflacionária – no mínimo a equivalente às perdas do último ano (2,76%). A questão é: o ex-governador Beto Richa, que decretou o congelamento, deixou as finanças em condições de atender agora à reivindicação? Se não deixou, os deputados mostrarão responsabilidade de concordar com os vetos?
É possível que prefiram a solução mais fácil e mais eleitoreira. É de se imaginar que a bancada do candidato a governador Ratinho Jr. (PSD/PSC), com 21 parlamentares, somados a todos os outros que só pensam na eleição, já se preparam para a “farra” e para os aplausos.
É simples, se o salário no poder público está ruim, basta pedir exoneração e disputar uma vaga na iniciativa privada.
Acho que o entre aspas foi muito bem colocado, mas as pessoas não entenderam! Seria analfabetismo funcional (escancarado nos comentários)? Espero que seja desperdício de inteligência emocional! Otimismo sempre.
Alguém que se manifesta como motoqueiro infernal 666, ou seja, sem correr o risco de ser identificado, quer ensinar sobre inteligência emocional? Aprenda mais sobre o assunto e entenda que os Poderes são independentes e com orçamento próprio. Neste caso, o veto é um ato inconstitucional.
Farra, esse termo em se tratando de reposição da inflação a três anos congelada é no mínimo desrespeitoso…por favor mais cautela ao seu sensacionalismo para chamar atenção da população.
Farra? Seja mais cauteloso antes de “inflamar” pessoas com opiniões tendenciosas.
Os Poderes tem orçamento próprio.
Vem do Estado sim, mas por disposições constitucionais.
Com isso, independe de gostar ou não, concordar ou não.
Dentro do orçamento próprio dos Poderes, já estão inclusos estes reajustes desde a proposta orçamentária elaborada no fim de 2017.
Não existe rombo algum, este dinheiro já é dos Poderes.
De todos os poderes?? Cadê o executivo?? Vai ter reajuste apenas para a casta já privilegiada…… Quem atende a população no dia a dia (policiais, serviços de saude, professores) não vai receber nada!!!!
Que farra é essa? Há três anos os servidores não têm reajuste de salários. Na verdade, não é reajuste, mas a reposição da inflação do ano passado. Farra é o que o STF faz ao propor reajuste de salário a seus ministros, o que tem efeito cascata.