O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) informa que a bancada paranaense no Congresso Nacional vai destinar emenda coletiva de R$ 13,33 milhões no orçamento da União de 2024 para a Embrapa Paraná. “Os recursos serão destinados a laboratórios das unidades para pesquisas”, disse o líder do PT na Câmara dos Deputados.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária tem duas unidades no Paraná: a Embrapa Florestas em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, que faz pesquisa com foco no setor florestal na busca de melhor eficiência produtiva, redução dos custos de produção, aumento da oferta de produtos florestais no mercado e, simultaneamente, conservação do meio ambiente; e a Embrapa Soja, em Londrina, que pesquisa de produtos com soja tropical na busca de tecnologias, uso racional de recursos, resistência genética a novas doenças, estudos de cenários para amenizar os impactos climáticos, entre outras ações.
“A Embrapa Florestas, por exemplo, vai clonar a maior araucária do Paraná, que ficava em uma propriedade rural em Cruz Machado, e tombou com as fortes chuvas de outubro e novembro. Será feito um trabalho de resgate genético por meio da técnica de enxertia, e, assim, possibilitar o plantio de árvores geneticamente idênticas à árvore gigante”, explica o deputado.
Unidades
O chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, explica a atuação da unidade no Paraná em quatro pontos: restauração de áreas degradadas; usos na agricultura, como secagem de grãos, camas aviárias, lenha e construções rurais; produção florestal para madeira serrada, construções, papel e celulose, com alta tecnologia; e cultivos de espécies nativas importantes no estado: erva-mate e araucária. “O Paraná tem a indústria de base florestal mais diversificada do país, com alta tecnologia, em cadeias inovadoras, limpas e certificadas, gerando 104 mil empregos diretos, E só vamos em frente com tecnologia e parceria”, finaliza.
Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja, pontua que a soja é um dos principais produtos do agronegócio. Dos 80 mil sojicultores paranaenses cadastrados, 80% são de propriedades com menos de 50 hectares. “Para o sucesso desta cadeia, temos aumento da eficiência produtiva, que é resultado de muita ciência. E só conseguimos isso com parcerias. Será possível manter esse tripé sustentável (econômico, ambiental e social) se continuarmos investindo em ciência e tecnologia nos próximos anos”, afirma.
Nepomuceno afirmou ainda que o Brasil é, hoje, o único país do mundo que consegue fazer fotossíntese 365 dias por ano, produzir grãos, fibras, biocombustíveis e, ainda assim, sequestrar carbono. “Não temos necessidade de aplicar nitrogênio na soja, por exemplo, adotamos a fixação biológica de nitrogênio. Essa solução economiza R$ 38 bilhões, por safra, ao dispensar o uso de químicos. A ciência e a tecnologia nos trouxeram até aqui”. (Com informações da Embrapa Paraná).