Se ao longo de 20 anos o Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal nunca viram irregularidades no sistema concessões rodoviárias do Paraná; se nunca acharam que as tarifas eram exorbitantes e sempre as mantiveram nos patamares requeridos pelas concessionárias, então, porque agora que o MPF constatou que estava errado e que o pedágio em algumas praças do Paraná chega a ser 400% mais caro do que deveria, o mesmo MPF não pede a sua redução?
O raciocínio foi desenvolvido na tribuna pelo deputado Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo, nesta segunda-feira (26), na primeira sessão da Assembleia desde que eclodiu a Operação Integração na quinta-feira passada, que resultou na prisão de seis pessoas (incluindo o diretor do DER e o presidente da concessionária Econorte).
Embora tenha ignorado que as tarifas continuaram subindo desproporcionalmente também durante o governo Beto Richa; que os pedidos de aumento das concessionárias são previamente avaliados pelo DER; e que há uma agência reguladora (a Agepar) criada neste governo exatamente para fiscalizar as concessões – o deputado insiste que o governo do estado e a Assembleia não têm poder para enfrentar as concessionárias.
Por isso, defendeu uma outra ideia: ele anunciou que vai apresentar nesta terça-feira (27) um requerimento para que os procuradores da Lava Jato que deflagraram a Operação Integração e a Justiça Federal reduzam imediatamente as tarifas de pedágio. Que reduzam, por exemplo, um pedágio que hoje custa R$ 22,00 para R$ 5,50. “Não adianta só ficar na crítica”, cobrou Romanelli.
Segue esta pantomima chamada Paraná. A Republica de Curitiba, onde se cumprem as Leis, docilmente se curva e se virá ao que o PR tem de mais baixo.
E ainda querem me convencer que a lava jato é a sério, para acabar com a corrupção no Brasil, quiçá no Mundo.
O deputado, por este viés, dá uma demonstração pública da falência de um governo a que servilmente defende. Quer agora que o MP governe!!
Capacho sem escrúpulo!