O ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, se reuniu nesta quarta-feira com a bancada de deputados federais do Paraná. Durante a reunião, noticiada pelo Globo, o ministro foi cobrado pela liberação de cargos e verbas relacionadas ao acordo para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara.
Ele justificou a demora dizendo que não há dinheiro disponível, mas que seria liberado em breve. Quanto aos cargos, Ramos tem se mostrado insatisfeito com deputados que têm indicados em órgãos federais, mas se posicionam contra o governo nas votações.
Diante da cobrança por fidelidade, o ex-ministro da Saúde de Michel Temer, Ricardo Barros (PR), hoje deputado pelo PP, fez uma intervenção para dizer que “o presidente não pode demitir deputado, mas o deputado pode demitir o presidente”.
Procurado, Barros disse que gostou da conversa e que Ramos está aberto ao diálogo com parlamentares. Ele garante que não fez o comentário como uma ameaça. Para o deputado, “quanto mais desarticulado o governo”, melhor para o Congresso.
— Se precisar demitir o presidente nós demitimos, ele não pode demitir o Congresso. A palavra final é nossa, ele é que tem que querer estar de bem conosco. Se ele não quer, está ótimo para nós. O Congresso está vivendo um ótimo momento com essa independência — diz Barros.
Para Ricardo Barros, o esquema em que o governo optou por governar, sem negociar ministérios com partidos, não dá margem para que deputados sejam cobrados depois por votações específicas. Isso faz com que o Congresso seja mais independente, segundo o deputado federal, eleito pela primeira vez em 1994.
Antes tinha o toma lá dá cá.
A nova política e tona lá dá cá que eu não vou cumprir.
Pobre Brasil. É lamentável que os deputados se reúnem para cobrar cargos e liberação de verbas. Estou convicto de que políticos só trocam de coleira (partido) porque a cachorrada, com devido respeito aos cães, continua sendo a mesma.