O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD) anunciou que o governo federal está buscando alternativas para a manutenção da usina termelétrica (UTE) de Figueira, desativada pela Copel, que devolveu a concessão à União. Romanelli tratou da situação da usina na audiência em Brasília com o secretário nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira de Sá Júnior, no Ministério de Minas e Energia (MME).
“O secretário foi muito propositivo e pretende que a usina continue operando”, afirmou Romanelli ao final do encontro com Gentil Nogueira de Sá. Segundo ele, a viabilidade do uso do carvão como combustível da usina depende da aprovação pelo Senado do projeto de lei 11.247/2018, que já passou pela Câmara dos Deputados.
Romanelli explicou que um dos artigos da lei prevê a extensão do prazo para o fornecimento da energia gerada por usinas movidas a carvão até 2050. A medida atende as térmicas de Candiota (RS) e Figueira (PR), que têm contratos em vigor somente até 2028. “Encontramos um ambiente de resolução no governo federal e saímos da reunião esperançosos da manutenção do funcionamento da termelétrica de Figueira”, afirmou.
Geração
A UTE Figueira foi instalada na década de 1960 e tinha capacidade de geração de 13 megawatts (MW) de energia. Em 2022, foi finalizado um grande investimento realizado pela Copel para a modernização da unidade. Atualmente, a usina pode gerar até 20 MW, sem a necessidade de aumento no consumo de carvão mineral.
A Copel sustenta, contudo, que a devolução da concessão faz parte da estratégia de descarbonização das operações da companhia, que já havia sido anunciada em 2023, e também segue diretrizes do setor energético nacional para mitigar emissões de gases que provocam o efeito estufa, para atender os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.