A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT-PR), que integra a Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), sugeriu durante uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (11), que o governo do Estado suspenda por mais 30 dias as aulas na rede pública paranaense, previstas de retornarem em sistema “híbrido” na próxima segunda-feira, dia 15 de março, devido ao descontrole da contaminação da Covid-19 no Paraná.
A deputada destaca que a apresentação feita pelo diretor de Gestão da Saúde da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), Vinícius Filipak, nessa reunião foi esclarecedora em mostrar que a situação chegou a níveis críticos no estado e que a mortalidade da doença este ano está mais elevada do que no ano passado, a ponto de aproximadamente ¼ das pessoas que internam por Covid-19 no Paraná não sobreviverem. Segundo o diretor da Sesa, que chegou a classificar a situação como “uma nova doença, uma nova Covid, de uma cepa diferente”, estamos diante de uma pandemia “muito mais grave, mais agressiva e de mais rápida contaminação”.
Em função disso, a deputada Luciana criticou o retorno às aulas presenciais na semana que vem: “Tivemos um ano de aula remota num cenário de maior controle da pandemia do que o que estamos vivendo agora e sabendo, pelo exemplo de outras localidades, como Manaus-AM, que o retorno das aulas presenciais por lá foi fator, sim, de agravamento do quadro”, completou.
A deputada também questionou o governo sobre a possibilidade de potencializar espaços já existentes, com algumas adaptações (a exemplo das unidades de CAPS 3), para poder ampliar o atendimento da pandemia nos municípios e regionais do estado e, ainda, indagou sobre a existência de alguma estratégia para a compra de mais vacinas. “É hora de priorizar salvar vidas, independentemente da questão política ou da afinidade que o governador tenha com o presidente Bolsonaro. Se precisar se indispor com o governo federal para pressionar a que tenhamos mais vacinas e possamos salvar o povo paranaense, Ratinho Junior precisa se posicionar com responsabilidade e se impor junto a Bolsonaro. Foi eleito pelo povo para fazer essa defesa, mesmo frente a um aliado político”, finalizou.