Depois dos protestos, Câmara aprova reajuste de servidor e projeto que adia planos de carreira

Após confrontos entre servidores públicos e a Guarda Municipal, a Câmara de Curitiba aprovou nesta segunda-feira (18) três projetos do prefeito Rafael Greca (DEM) envolvendo os servidores públicos municipais, entre eles o reajuste salarial de 3,5% e a prorrogação até 2021 da suspensão dos planos de carreira da categoria. O terceiro projeto prevê a redução de 16 para 6 no número máximo de servidores liberados para atuarem nos sindicatos da categoria. Na semana passada, os vereadores aprovaram regime de urgência para a votação dessas matérias.

A Câmara amanheceu cercada por agentes da Guarda Municipal para garantir a votação. Por volta das 9h40, um grupo de servidores tentou forçar a entrada no plenário. Na confusão, a porta de vidro da entrada da Casa foi quebrada. Duas pessoas tiveram ferimentos leves. Pelo menos um servidor foi detido.

O pacote aprovado hoje inclui ainda a extinção de 31 cargos da Fundação Cultural de Curitiba, da Fundação de Ação Social (FAS), do Instituto Municipal de Administração Pública e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Em relação ao reajuste, os servidores alegam que acumulam perdas de 10% desde 2017, em relação à inflação do período. Em assembleia na última sexta-feira (15), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismmuc) aprovou deflagração de greve a partir desta segunda-feira.

A prefeitura alega que concedeu reajuste de 3% no final de 2018, e que boa parte das prefeituras das capitais não estão promovendo reposição salarial de seus funcionários em razão de dificuldades financeiras.

Durante a votação, foram rejeitadas três emendas que sugeriam reajustes maiores aos servidores. De diversos vereadores, 9,4%; de Professor Euler outras 2 emendas, com índices de correção diferentes: 5% e 6,5%. Eles apresentam estudos para justificar os números.

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