A Comissão Processante da Câmara Municipal toma nesta quinta-feira (26) à tarde depoimentos dos autores da denúncia contra a vereadora Katia Dittrich. No mês de agosto seis ex-servidores comissionados do gabinete dela protocolaram queixa na qual dizem que “a vereadora e seu marido passaram a exigir dos assessores uma contribuição monetária, de forma compulsória e com ameaças de exoneração em caso de recusa”. Todos foram convocados para as oitivas.
“Os valores variavam de acordo com os proventos de cada assessor”, dizem eles. “Uma quantia estipulada pela vereadora tinha que ser devolvida para esta mensalmente sempre que os salários eram depositados nas contas dos assessores”, conforme documentos que os ex-servidores julgam comprovar a denúncia. São comprovantes de transferências bancárias para a parlamentar. No dia 22 de agosto, o plenário decidiu investigar a vereadora, que se for julgada culpada pode ter o mandato cassado.
E sua defesa prévia, Katia Dittrich diz que as denúncias são mentiras e que ela é vítima de um complô. “As denúncias são inconsistentes, contraditórias e arquitetadas propositalmente para causar impacto perante a opinião pública”, argumenta. Ela passou aos investigadores “conversas registradas em ata notarial em sentido contrário ao que foi acusada, comprovantes de gastos referentes a empréstimos que são controvertidos nas denúncias, bem como declarações de servidores e ex-servidores comissionados que passaram pelo seu gabinete, onde textualmente afirmam a inexistência da prática”.