Delegados dizem correr perigo porque peças de viaturas não são genuínas

A Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) divulgou nota de apoio à atuação da Polícia Civil que, por meio da Operação Peça Chave deflagrada terça-feira (28), denunciou suposta irregularidades no contrato de manutenção mecânica de veículos da frota oficial pela empresa JMK.

Assinada por seu presidente, delegado Daniel Fagundes, a nota afirma que a Adepol já tinha antecipado reclamações aos setores responsáveis do governo e diz que policiais que “usavam viaturas consertadas pela JMK estavam em constante perigo de vida” porque as peças de substituição não eram genuínas.

A JMK presta serviços idênticos aos contratados pelo governo estadual também para o Ministério Público Estadual, que não atuou na Operação Peça Chave. Nesta quinta-feira (30) é que o Gaeco designou equipe para acompanhar o caso.

Enquanto isso, o empresário Aldo Marchini – diretor da JMK – encontra-se recolhido a uma cela comum no 11.º Distrito Policial, que divide com outros 26 detentos, embora já haja determinação judicial para que seja transferido a dependência prisional adequada ao caso. A esposa dele, advogada aposentada do Tribunal de Contas (onde dirigiu a Escola de Gestão), também foi levada a uma cela comum na Penitenciária Feminina. Uma filha de 22 anos, estudante de arquitetura, foi levada para a Delegacia de Narcóticos (Denarc); e um filho, para a Complexo Médico Penal de Pinhais.

Suas prisões são temporárias (de cinco dias, que vencem no sábado), mas até agora nenhum deles foi ouvido pelas autoridades policiais.

Veja a nota da Adepol:

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